sábado, 15 de junho de 2013

Não sei se vou ou se fico

De novo passou mais um tempão sem que eu escrevesse uma linha sequer. E assunto é o que não falta.
Aí fizemos uma viagem diver com o filhote pra Buenos Aires e conhecemos pessoalmente a Carol, o Lucas e o Pedro. Foi demais! Mas foi pra além do divertido... saí de lá com uma pulga atrás da orelha que tá ficando gordinha e coçando bastante.

Ela me perguntou se o fim do blog era oficial e qual era minha relação com o Agora eu era.
E sabe? Dei uma resposta rápida, pega de surpresa por essa pergunta que até então só pairava na minha cabeça, mas nunca tinha sido tratada com tempo, com respeito e com  a profundidade merecida.
Coisa louca como depois que o Bernardo nasceu eu absorvo milhares de informações, reflito, mudo de opinião e ajo, mas tenho imensa dificuldade, preguiça, incapacidade de sintetizar meus pensamentos e colocar no papel.
Como a coisa toda ainda tá confusa pra mim, vou largando assim por tópicos idéias e sentimentos sobre a blogosfera e minha não participação ativa. Quem sabe me ajude a organizar o pensamento e tomar uma posição sobre o futuro do blog... 
Ajuda, pitacos, conselhos são bem vindos.
se é que alguém ainda passa por aqui  :P

- Eu ainda leio muito a blogosfera materna, mesmo que não comente quase nunca.
- Sinto como se conhecesse muitas blogueiras, algumas com as quais sequer troquei comentários em posts.  Me identifico com algumas, acho que temos coisas em comum e tenho vontade de tomar um café e levar as crianças no parquinho.
- Tenho ciuminho (no bom sentido, gente) das amizades que vejo que se criam aqui e morro de vontade de conversar junto cuascumadre.
- A idéia da maternidade ideal propagada me irrita um pouco. Du vi do que a maioria faça tudo o que diz. Mas acho importante pra fazer pensar e encontrar o caminho do meio.
- Não me enquadro em nenhum modelo de maternidade. Vou fazendo por aqui o que meu coração e razão ditam, de acordo com as necessidades da minha família, que são únicas, como cada família. Leio bastante e de tudo, me informo e estou em constante processo de auto análise. Erro muito, tenho milhões de dúvidas, outros milhões de certezas e as vezes pareço contraditória.
- Deixei de escrever: primeiro por falta de inspiração, depois por falta de tempo, depois por achar que nada do que eu diga possa ser relevante pra ninguém (e aqui eu tô falando de um processo muito legal que vi acontecer, onde mães blogueiras resolveram levantar a bandeira do que acreditam, trazendo material de qualidade pra informação e reflexão. Obrigada! Me ajudam muito mesmo.)
- A idéia do registro da minha construção como mãe e do desenvolvimento do meu filho me seduz, sim. Mas  tenho verdadeiro horror de me expor. De expor o que me é mais precioso e delicado, o meu lado mais forte e mais vulnerável ao mesmo tempo. Medo que conhecidos entrem pra bisbilhotar. Pânico. Queria que só as vizinhas de blog tivessem acesso, mas não queria privatizar, queria que fosse dinâmico... não tem como né?
- Fico vaidosa quando escrevo aqui e vejo que tive bastante acesso. Entro em frenesi com comentários. Orgulhinho, sabe? - Ei! Mas não era tu que tinha horror de exposição?


E aí? Tem jeito ou o negócio é fechar a bodega?



10 comentários:

  1. Oh meu bem, ninguém se importa.
    Vc escreveu o que... 47 posts? Não amor, ninguém sabe quem vc é....
    Cuide do seu Bernardo, sua vida, viaje... mas se for para perguntar se faz falta, não, não faz.
    Beijo

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  2. anônima, você se importa! que curioso isso!
    47 posts? nunca tinha contado e não vou nem conferir, confio em vc. sua linda, se deu ao trabalho de contar!
    continue cuidando da vida dos outros, assim escondidinha. deve ser bem emocionante ;)

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  3. Ferna, tamo juntas nessa ai. Mas eu ja fiz as pazes como fato de que eu nao devo explicacoes a ninguem. O blog ta la sim, ms eu escrevo nele quando eu quero/me da na telha. Esse lance de escrever sempre, por obrigacao, me da siricutico afinal, nao sou paga pra isso. :p

    Fiquei com ciuminho da sua viagem, hahahaha! Vem pros EUA pra me conhecer tambem. AGORA. :p

    Beijos em vcs! :)

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    1. Val, nos busca no aeroporto hoje às 18h! rá!
      vontade é o que não falta, gata!
      quem sabe um dia? :)
      bjbj

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  4. Afe, so vi o comentario anonimo agora!!!

    NOSSINHORA-DO-RECALQUE-E-DO-AZEDUME!

    Totalmente gratuito! Djezuz!

    Divirto-me, hohoho.

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  5. Ferna, quando eu tinha o meu blog (palavra voando), o seu era um dos meus preferidos. Sempre gostei dos seus textos, das suas tiradas e achei lindo o título do posto do nascimento do Bernardo, porque realmente é isso: a mãe nasce junto com o filho.
    Eu desisti de manter o meu blog aberto depois que Alice fez 9 meses, isto em setembro do ano passado. Assim como vc, eu tb não fico à vontade em me expor (mas eu estou fazendo uma auto analise sobre isso e acho que já tenho uma resposta).
    Alem disso, o que me levou a fecha-lo foi o fato de eu não ver muito sentido em ficar postando coisas apenas da Alice - desenvolvimento, se fala, anda... Tudo isso, embora super, hiper, mega, importante (para os pais, claro), sempre me pareceu muito pouco perto da mudança que a maternidade trouxe na minha vida. No começo eu achava que eu ia pirar e acho que pirei muito mesmo (e fiquei tão feliz ao saber que é normal lendo a maternidade e o encontro com a própria sombra), e as coisas começaram a encaixar depois que alice fez um ano.
    E digo que hoje eu tenho muito mais clareza sobre que tipo de mãe sou ou quero ser, do que há um ano atrás - quando eu não sabia em qual planeta a maternidade tinha me levado. Hoje sei que para maternar bem é preciso entrega e doação, principalmente nestes primeiros anos. Penso muito, sobre muitos assuntos e tudo fica aguardado comigo... e até pensei em reabrir o blog, mas daí eu teria de sair do anonimato. Vamos ver que onda irei pegar...
    Bj em vcs!

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    1. Oi Ana, brigada pelo carinho. Eu também adorava o palavra voando, a gente tava numa fase parecida e é exatamente isso que eu sinto falta... essa identificação e troca que rola qd a gente bloga.
      Concordo muito qd vc diz que a maternidade provocou mudanças que vão muito além do desenvolvimento dos pequenos e das dúvidas mil que isso nos traz...
      Acredita que ainda não li o livro da Laura Gutman? Vou providenciar isso essa semana.
      Tomara que vc volte, vou gostar de te ler.
      beijo, querida

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    2. Leia mesmo! Garanto que não vai se arrepender! É libertador!

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    3. Já comecei, Ana! Tô amando.

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  6. Ai que saudade dos seus posts, adoro o jeito que vc escreve, tão leve e solto. Mas sei bem como é esse cansaço bloguístico (e olha que nem tenho filho), mas dá uma saudadezinha qdo a gente fica muito tempo longe, né? Privado é chato, aberto nem sempre é legal... :S

    Essa super exposição também é complicado, acho que até mais por conhecidos do que por estranhos. Me irrita demais encontrar alguém nada próximo e ouvir do ser um "vi no seu blog...". Cara de paisagem e um Ahã, legal (com pensamento de Sério?? PQ??) Kkkkkk. Por isso, me acostumei a contar as coisas lá no vida, só depois que acontece e bem por cima, daquelas que falam muito, sem falar nada. Hahahaha!

    Nossa, e falando de gente maluca e recalcada... Que doido esse anônimo.Hahahaha... Ainda bem que pra ele não importa, não faz falta e ninguém te conhece. Mesmo assim ele se deu ao trabalho de contar que vc escreveu 47 posts... Imagina o perigo se importasse? Ia contar quantas palavras?? Depois a gente some e o pessoal não entende o motivo.

    Bjssss e volte sempre :)

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e aí...