sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo!!


" Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome
de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a
funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser
 humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação
e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de
acreditar que daqui para diante, vai ser diferente. "

Carlos Drummond de Andrade




Preparem seus corações!
Tá chegando um ano novinho em folha pra chamar de nosso.
Cheio de surpresas e grandes emoções!


Que possamos sonhar cada vez mais e realizar pelo menos alguns desses sonhos.


Obrigada pelo carinho, atenção, paciência, humor, sensibildade,torcida, interesse e companhia nesse ano que passou. 
Taí uma (mais uma!) coisa que me surpreendeu esse ano: amizades virtuais.
:)


Até 2011!

domingo, 19 de dezembro de 2010

Já que não posso vencê-lo...

Eu não sairia tão parecida comigo numa foto.
não lembro de onde tirei. outros tempos... quem souber, me avisa?


Dia 18 de dezembro de 2000, foi um dia muito triste, o dia mais triste. Foi o dia que meu irmão, com 24 anos, faleceu.
Lembro do calor que fazia e do cheiro doce que vinha de uma planta, no cemitério tipo jardim. E eu falei pro meu marido (namorado na época) que a única coisa que eu desejava, era que dez anos se passassem bem rápido. 
Só conseguia me imaginar respirando sem aquele nó na garganta, só conseguia imaginar minha mãe rindo de novo e meu pai olhando pra frente, uns dez anos depois.
Mas as coisas foram se reconstruindo, num outro tempo. E por mais que a saudade seja maior agora, e me sinta meio "amputada" sem meu irmão, consegui respirar, vi minha mãe gargalhar e meu pai já olhando pra frente, pra cima, pros lados e pra dentro bem antes de hoje.
E durante esses dez anos aconteceram coisas que nunca poderia imaginar que aconteceriam.

Hoje me peguei pensando que o tempo da vida é imprevisível e mesmo assim quando vejo, estou fazendo planos como se pudesse decidir alguma coisa. E esse ano olhei mais o calendário do que durante toda minha vida. Pra quê? 
Por mais piegas que seja, fim de ano, ainda mais de um ano tão intenso como foi esse, é impossível não fazer um balanço.
E como sou totalmente contraditória, foi nesse ano, o que mais me apeguei ao tempo, que aprendi e pratiquei o viver no agora. Com toda dor e alegria que cabem num momento, com a plena consciência que tudo passa, ou ao menos muda, se transforma.
Acho que o grande aprendizado de 2010 foi esse. Me fundir com o tempo, respeitar o tempo, deixar o tempo fluir e confiar.


 

Oração ao Tempo
(Caetano Veloso)

És um senhor tão bonito
Quanto a cara do meu filho
Tempo tempo tempo tempo
Vou te fazer um pedido
Tempo tempo tempo tempo...

Compositor de destinos
Tambor de todos os rítmos
Tempo tempo tempo tempo
Entro num acordo contigo
Tempo tempo tempo tempo...

Por seres tão inventivo
E pareceres contínuo
Tempo tempo tempo tempo
És um dos deuses mais lindos
Tempo tempo tempo tempo...

Que sejas ainda mais vivo
No som do meu estribilho
Tempo tempo tempo tempo
Ouve bem o que te digo
Tempo tempo tempo tempo...

Peço-te o prazer legítimo
E o movimento preciso
Tempo tempo tempo tempo
Quando o tempo for propício
Tempo tempo tempo tempo...

De modo que o meu espírito
Ganhe um brilho definido
Tempo tempo tempo tempo
E eu espalhe benefícios
Tempo tempo tempo tempo...

O que usaremos prá isso
Fica guardado em sigilo
Tempo tempo tempo tempo
Apenas contigo e comigo
Tempo tempo tempo tempo...

E quando eu tiver saído
Para fora do teu círculo
Tempo tempo tempo tempo
Não serei nem terás sido
Tempo tempo tempo tempo...

Ainda assim acredito
Ser possível reunirmo-nos
Tempo tempo tempo tempo
Num outro nível de vínculo
Tempo tempo tempo tempo...

Portanto peço-te aquilo
E te ofereço elogios
Tempo tempo tempo tempo
Nas rimas do meu estilo
Tempo tempo tempo tempo...




quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Oi. Meu nome é esperança.

Fazer o que se me sinto feliz?

Andei meio preocupada comigo e atucanada por não engravidar tão rápido quanto eu gostaria e (acho que) merecia. As vezes bate uma insegurança, um medo de não conseguir mais.  Uma tristeza em lembrar que agora eu estaria com um barrigão, que meu filhote nasceria em janeiro e que nesse natal eu iria montar árvore e colocar vários presentinhos pra ele lá.
Mas aí passa. E eu volto a ficar felizinha por aí.

Esses dias comentei que andava vendo passarinhos mortos né?
Então, ontem fiz toda uma teoria macabra sobre o significado dos cadáveres. Por mais que soubesse que era maluquice minha, tava achando que bem no fundinho fazia sentido sim.
E agora a pouco saí pra passear com meu cachorros e quando olhei pro chão, adivinha?





Errou quem disse que era o presunto de uma ave.





Era dinheiro gente!
Dinheiro!
Achei 50 pila!



Sério que ontem pensei que a maldição dos passarinhos mortos só seria desfeita se eu achasse dinheiro.


E eu achei!
A maldição se desfez!
Des - fe - ez ! Des - fe - ez!
( agora dando pulinhos e fazendo dancinhas ridículas)



Tá, ainda penso que é maluquice, mas vai que... né?

No creo en brujas, pero que las hay, las hay.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Plágio - aconteceu comigo

Escrevi domingo o último post e mais tarde tava eu passeando por aí... quando vi na lista de atualizações da Carol, um blog que eu não conhecia (e que não vem ao caso dizer o nome) com o título "O vermelho nunca foi tão vermelho". Exatamente como encerrei meu pequeno texto desabafento.

Opa!
Que louca coincidência! Do que será que tão falando? 
Vou entrar lá pra ver!

Então entro no blog e vejo a mesma foto que eu coloquei, outras palavras, mas no mesmo tom e o mesmo assunto.

Poxa! Plagiar menstruação alheia... é no mínimo freak né?
Tenha dó. E eu tive vergonha alheia.

Deixei um recadinho pra menina, que não foi respondido. Mas hoje entrei lá pra ver e ela tinha apagado a postagem.
Ok. Tá resolvido então.

Esses tempos rolou uma super campanha sobre a ética na blogosfera, encabeçada pela Carol Passuello, com direito a selinho feito pela Anne e tudo. 
Eu li, achei ótimo, super válido, comentei algumas postagens mas nem me senti à vontade pra falar disso naquele momento, pois meu querido bloguinho  não tem lá muitos acessos e seguidores. 
Achei que nunca aconteceria comigo, mas aconteceu.

Enfim, acho bem legal (e estranho, porque na verdade eu ainda não tô tãão a la vontê nessa cousa virtual) saber que tem mais gente passando por aqui do que as amigas que deixam recadinhos fofos e as pessoas que aparecem ali do ladinho como seguidores.

E quer saber? Se identificou com o que eu escrevi? 

Que legal! 
Me fala! Podemos conversar, trocar, sei lá.
Ou coloca um link pra cá, me avisa e tá feito o carreto!

Eu também me identifico com várias coisas que leio por aí. As vezes guardo pra mim, reflito, comento com outras pessoas, me inspiro, e às vezes sinto vontade de dividir com o autor do texto. Já cheguei até a pensar, de verdade, que eu poderia ter escrito aquilo, daquela mesma maneira. 
Mas não escrevi né? A idéia não foi minha, não vou fingir que foi.

O mais bacana da blogosfera, pra mim, é saber que o pensamento de outras pessoas, que nunca imaginei que existissem, dialogam tão profundamente com questões subjetivas minhas.
Por isso "roubar pensamentos alheios" é algo que sequer passa pela minha cabeça como possibilidade.

Mas mesmo assim já coloquei imagens sem créditos. Não tinha me dado conta, por serem imagens tão divulgadas em sites, e mails.... parece domínio público, mas não é. Tenho uma pasta cheia de imagens ótimas  que fui recolhendo ao logo da vida virtual, quase todas sem referência. E sei  que isso é feio!
Vou me policiar! Quando não souber de quem é, vou ao menos dizer.  
Esse papo de faça o que eu digo, não faça o que eu faço não tá com nada.

E esse episódio serviu pra eu tomar vergonha na cara.

É isso. Sem ressentimentos. 




domingo, 5 de dezembro de 2010

Da arte de ser inconveniente


E ela veio. Sem ser convidada.
Mas eu sou moça educada e não vou tratá-la mal.
Ao menos veio na data que não era pra vir.
Ao menos tá ficando mais previsível agora.

E a vida continua de um colorido que chega a ser irritante.
O vermelho nunca foi tão vermelho.

 * Nota pro Papai Noel: Não sou mimada. Aceito ganhar meu presente de natal pouco depois do ano novo, tá?