quarta-feira, 28 de março de 2012

Ai ai ai ai, tá chegando a hora!

Estamos com 38 semanas e meia de gestação! Por mais que o pitoco ainda demore pra vir, é logo logo, loguinho!

E a ansiedade começa a dar as caras por aqui. São tantas coisas.... 
O trabalho de parto? Será que vou reconhecer?(acho que sim, né? mas sei lá, nunca tive um) Será que vou chegar muito cedo na maternidade ou  parir no estacionamento?
Meu filhote vai nascer bem?
Eu vou ficar bem?
Vamos conseguir o tão desejado parto normal?

Ai é tanta coisa que nem sei o que é! Só sei que se minha barriga não era das maiores ao longo da gravidez, ela resolveu evoluir loucamente a cada cinco minutos. Tá enorme! Lindona! 
Já eu, tô perdendo o glamour gravídico. 
Sim, eu tava me sentindo linda na gravidez. Recebia mil elogios e ficava toda toda. Não engordei muito, não inchei, não tive enjôos, gases, azia, bafo, chulé e nem dores significativas. Ainda ontem tirei as cutículas do próprios pés. Salve a Yoga pra gestantes! 
 Minha pele tá ótima, o cabelo sedoso e tenho uma sensação de plenitude muito  doida, que só pode ser passageira. Tive e tenho tido dias mais sensíveis, mas não oscilei muito de humor não. Ao contrário, estive e estou muito forte. Passei por situações pessoais delicadas com bravura e maturidade, acho.

Aí que até semana passada, não tava com a mínima pressa de ter o Bernardo aqui fora. Tava curtindo ao máximo cada movimento dele, cada sensação. Confesso que dava até uma tristezinha em pensar que logo minha barriga ia estar vazia, e meu bebezico teria que enfrentar esse mundo doido.
Bobagem, loucura... eu sei. 
Mas eu vejo o parto como o fim de um ciclo e início de outro. Sei que algo grandioso está pra acontecer. 
E não deixa de ser uma despedida. De mim mesma. 
Eu também  vou renascer ali, junto com meu filho. E isso é maravilhoso e assustador ao mesmo tempo.

Mas essa semana, já estou doida pra ver a carinha dele, sentir o cheirinho, pegar os pezinhos, amamentar...

Me sinto explodindo. Deu uma esfriada e praticamente não tenho o que vestir. Comecei a andar que nem uma pata. e tenho tido contrações doloridas. Com frequencia.
É, ontem à noite realmente pensamos que tava chegando a hora. As contrações foram bem doloridas e chegaram a um intervalo de 2 minutos, mas não engrenaram. A coisa toda durou uns 40 minutos e parou. Foi assustador bom, sabe assim? 

Hoje tinha que resolver umas coisas rápidas perto de casa, ir na gráfica, no banco... mas pela primeira vez não tive coragem de sair sozinha.
Sinto que algo grandioso está pra acontecer. E está.
Pode até demorar ainda. Mas mesmo que demore, não vai. Tá quase. É pra já.

Tem nome pra esse sentimento?


XXXXXXX


Vem, meu amor! Estamos te esperando com o coração escancarado!

quinta-feira, 15 de março de 2012

Balaio de mim

Faz bastante tempo que não registro nada por aqui e agora tá tão pertinho do nascimento! Quero escrever tanta coisa, pra não esquecer depois, que vai ficar meio caótico, mas enfim...

Estamos hoje com 36 semanas e 4 dias de gravidez e o Bernardo é um fanfarrão que não pára quieto e deixa minha barriga toda torta! Eu adoro, amo, e parece que sempre tive um bebê na barriga. Vou morrer de saudades da gravidez, da barrigola, dos paparicos... ( e poderia escrever um tratado sobre isso)

Aqui em Porto Alegre tá fazendo um calorão horripilante e mesmo assim eu tô amando estar grávida, me sinto super bem a maior parte do tempo. Até semana passada estávamos passando uns 3 dias da semana na cidade e outros 4 na praia. E isso foi fundamental na minha disposição e bem estar. Lá a vida é outra, uma brisinha, mar, rede, piscina e muitas caipirinhas de criança (enquanto o povo toma de vodka, o marido faz uma iNgualzinha pra mim, sem álcool  - inclusão, a gente vê por aqui). Ficamos alguns dias com meus pais e outros com amigos (enquanto meus pais viajavam). Foi ótimo! Fechou de eu não estar trabalhando quase nada (o velho problema das crianças em férias escolares) e do marido ter shows no litoral.

Semana passada fizemos as últimas férias de casal, sem o pitoco (depois sabe-se lá quando isso vai acontecer de novo). Fomos pra uma pousadinha bem gostosa numa prainha linda de Santa Catarina.
Em março é tudo muito tranquilo, poucas pessoas na praia, mais casais com bebês e crianças pequenas. Um calorão, um marzão azul e gelado pra refrescar, árvores à beira mar... lua cheia dando show pra nascer e se por...
ai ai ai... tava ótimo e foi perfeito pra preparar nossa energia pra chegada do guri.

Ainda em fevereiro meus pais chegaram de viagem e trouxeram muita coisa pro filhote. Carrinho, cadeirinha, tapetinho de atividades, cadeirinha vibratória, máquina de ordenhar, muitas e milhares de roupinhas lindas e mil coisas fofas que não tem fim. Uma orgia bebezística, que outrora eu acharia um exagero (e ainda acho), mas quer saber? Amei tudo. Cheiro tudo, pego tudo, olho tudo toda hora e fico imaginado o Ber ali, e nossas vidas com ele aqui fora.

Já lavei, passei e guardei as roupinhas menores, os cobertorzinhos, mantinhas, cueiros, toalhas, paninhos...
que coisa louca o cheirinho de nenê que já invade a casa!

O quartinho tá pronto, berço montado, cômoda e roupeiro arrumados, prateleira instalada, poltrona de amamentação posicionada, bichinhos esperando e Bernardo. Uma fofurice! Falta só uns detalhes, cortina, lustre novo, enfim coisicas não necessárias, que só servem pra agradar os olhos dos adultos.

Porque o que o Bernardo precisa mesmo, de verdade verdadeira, tá garantido, mas não pronto. Aliás é total e eternamente inacabado, ainda bem! Tô falando de mãe, de pai. Tô falando de mim e da mãe que tô me tornando. Da minha vontade de crescer, de aprender, de nutrir, de cuidar.
Tô falando de um amor que cresce tanto, que mexe tanto, que não tá mais cabendo dentro de mim. Um barrigão é pouco pra ele. É pouco pra nós. Tô literalmente explodindo de amor!

Esse domingo vai ser o chá de fraldas. Depois eu volto! Quero escrever mais! Passei meses sem conseguir produzir praticamente nenhuma linha e agora a vontade é de escrever, escrever, escrever, escrever, escrever, escrever...