Dia seguinte, ou dois dia depois da última postagem a coisa toda se resolveu. Escrevi um textão falando um monte de coisas e jurava que tinha postado, mas ele se perdeu...
Bem resumidamente: por sorte, mágica, destino ou acaso me chamaram no trabalho e pediram pra eu trocar o turno por alguns meses, para cobrir uma colega que está de licença saúde não se sabe até quando.
Aí tudo permaneceu como estava. Pequeno em casa pelas manhãs com o pai, à tarde comigo, segundas a noite com o pai e quartas a noite com a vó.
Imagina uma mãe feliz! Era eu. Não me cabia em mim.
- Sou grata ao universo, ao marido e às avós por bancarem comigo a possibilidade de dar ao meu filho a atenção que eu acredito que sejam tão importantes nesse início de vida.
E foi incrível ver a mudança de comportamento do Bernardo. Ele que tava choroso, manhoso e birrento, voltou a ser a criança alegre e segura que sempre foi. Até o sono noturno, que tava um caos (sem soneca da tarde + insegurança) voltou ao normal - o que nem sempre é tão bom assim, mas tudo bem.
Então que nesse tempo o vulcão interno dessa que voz fala, resolveu acordar. Parei de fugir da Laura Gutman (me diz pq fugir, gente?) e encarei a leitura bem atenta. Enquanto isso, o baby teve uma amigdalite e tomou antibiótico pela primeira vez. Assim que passou, tive eu uma pneumonia.
É mole? Não não é.
Entre repouso, reflexões, e mil sentimentos me sinto nesse momento completamente fusionada com meu rebento. Olho pra ele tão comprido mamando e dá vontade de chorar. De orgulho, de amor, de dúvida e de saudades. Vontade de estar grávida. Ou de botar ele de volta na barriga? ...Mas é tão incrível ver ele crescer... ver o menino querido que ele tá se tornando.
O óbvio berra pra mim todo dia no espelho, no reflexo do copo de água, do café... eu não sou mais a mesma.
Incrível como tem sido difícil pra mim quebrar paradigmas. Coisas que o coração já aceitou faz tempo ficam difíceis quando tem um inconsciente carregadinho de símbolos que não me pertencem, mas que grudaram em mim que nem limo na pedra.
Incrível como arrumo desculpas pra não encarar minha nova cara.
Preciso urgente voltar pra terapia.
Agora eu era...
sábado, 10 de agosto de 2013
segunda-feira, 1 de julho de 2013
A escolinha e o coração que não se convence
E aí que um dia isso ia chegar.
É um tema batido, já vi tantas amigas passarem por isso, tantas famílias... e por mais que eu fosse solidária com a causa não tem como ter noção das coisas só na empatia.
Fui chamada num concurso que fiz em 2009. Eeee! O concurso vencia agora dia 15 de julho e foi um alívio terem me chamado. É pra minha área, salário legal, 20h (mas parece que tem que pegar 30h. vamos ver isso hoje a tarde) e ainda consegui uma escola relativamente perto de casa - o que é raro em concursos municipais. Eu sei que isso é ótimo, que eu deveria estar muito feliz e estou. Sei que a grande maioria das mães adorariam um trabalho de meio turno e sei que isso não é problema perto de um filho doente ou muita falta de grana.
Mas chega de bancar a Poliana. Tô sofrendo pra caralho.
Até então eu trabalhava de manhã e o Bernardo ficava em casa com o pai. Mas a tarde o pai precisa trabalhar também...
Já tínhamos olhado várias escolinhas e ficamos entre duas. Uma com uma proposta pedagógica linda, inclusiva que eu como pedagoga acredito e indico.Mas com espaço físico super reduzido. O "pátio" dos bebês é pequeno, cimentado, com grama sintética e aqueles brinquedos de plástico.
A outra escola tem uma pedagogia ok, salinha super ampla e arejada, alimentação orgânica toda produzida na escola, pátio enoorme com grama, terra, árvores, horta, casa na árvore, brinquedos de parquinho, caminhos... um encanto. Mas bem mais crianças na turminha e mais longe de casa.
Meu coração não tava tranquilo em imaginar meu filho, que já mora em apartamento passando a tarde num espaço minúsculo e totalmente artificial. Pois bem, optamos pela escola 2.
Começamos a adaptação terça passada e não estamos felizes. Nem eu, nem ele. Ele adora brincar por lá, as professoras inventam brincadeiras divertidas, tem bastante música, o que ele adora, eles ficam livres, e tem um espaço bem legal pra explorar, mas assim que eu saio ele chora e me procura. Esses dias numa das poucas saidinhas que dei a professora veio com ele no colo, cheio de lágrimas ele me disse: num dá, num dá!
Meu bebê de 1 ano e 3 meses (feitos ontem) falou claramente o que eu já sabia, que ele não tá pronto.
Foi a primeira vez que vi o medo nos olhinhos dele, foi a primeira vez que ele se sentiu ameaçado, abandonado. E meu coração se partiu em mil pedaços.
Eu sei que faz parte e que ele vai se adaptar. Que todos se adaptam. Mas a que preço?
Vai parar de chorar quando se der conta que não adianta, que eu não vou aparecer?
A verdade é que todos os bebês que estavam ali, brincam, dançam, riem, se alimentam e até tiram uma sonequinha na escola, mas na verdade nenhum me parece bem mesmo. Eu sei que nessa idade o melhor é ficar em casa, ao lado de pessoas que são referência afetiva pra ele. Eles são pequenos, precisam de momentos de colo e chamego. Mais do que uma professora que tem que dar conta de outros cinco pode dar.
Eu juro que pensei que fosse ser mais fácil, que ele ia dar tchau, tchau e ir brincar com os amiguinhos.Como a gente quer se enganar... Mas é que o Bernardo ama crianças e é bem independente. Apesar de mamar no peito e dormir mamando, já dorme na casa da vó felizão e dorme rapidinho no colo do pai. Vai com todo mundo e se eu preciso dar uma saída rápida posso deixar com os avós, tias e nossos amigos na boa. Ele fica sorrindo e dando tchauzinho.
Por enquanto não temos outra solução. O negócio é torcer pra que essa adaptação se dê com menos sofrimento possivel e sei que preciso estar mais segura e não projetar todos meus fantasmas em cima do pequeno.
Enquanto isso vou tentar fazer uns mexes no trabalho e quem sabe daqui a uns meses eu consigo trocar pro turno da manhã e as coisas voltam a ser como eram antes...
Me abraça?
É um tema batido, já vi tantas amigas passarem por isso, tantas famílias... e por mais que eu fosse solidária com a causa não tem como ter noção das coisas só na empatia.
Fui chamada num concurso que fiz em 2009. Eeee! O concurso vencia agora dia 15 de julho e foi um alívio terem me chamado. É pra minha área, salário legal, 20h (mas parece que tem que pegar 30h. vamos ver isso hoje a tarde) e ainda consegui uma escola relativamente perto de casa - o que é raro em concursos municipais. Eu sei que isso é ótimo, que eu deveria estar muito feliz e estou. Sei que a grande maioria das mães adorariam um trabalho de meio turno e sei que isso não é problema perto de um filho doente ou muita falta de grana.
Mas chega de bancar a Poliana. Tô sofrendo pra caralho.
Até então eu trabalhava de manhã e o Bernardo ficava em casa com o pai. Mas a tarde o pai precisa trabalhar também...
Já tínhamos olhado várias escolinhas e ficamos entre duas. Uma com uma proposta pedagógica linda, inclusiva que eu como pedagoga acredito e indico.Mas com espaço físico super reduzido. O "pátio" dos bebês é pequeno, cimentado, com grama sintética e aqueles brinquedos de plástico.
A outra escola tem uma pedagogia ok, salinha super ampla e arejada, alimentação orgânica toda produzida na escola, pátio enoorme com grama, terra, árvores, horta, casa na árvore, brinquedos de parquinho, caminhos... um encanto. Mas bem mais crianças na turminha e mais longe de casa.
Meu coração não tava tranquilo em imaginar meu filho, que já mora em apartamento passando a tarde num espaço minúsculo e totalmente artificial. Pois bem, optamos pela escola 2.
Começamos a adaptação terça passada e não estamos felizes. Nem eu, nem ele. Ele adora brincar por lá, as professoras inventam brincadeiras divertidas, tem bastante música, o que ele adora, eles ficam livres, e tem um espaço bem legal pra explorar, mas assim que eu saio ele chora e me procura. Esses dias numa das poucas saidinhas que dei a professora veio com ele no colo, cheio de lágrimas ele me disse: num dá, num dá!
Meu bebê de 1 ano e 3 meses (feitos ontem) falou claramente o que eu já sabia, que ele não tá pronto.
Foi a primeira vez que vi o medo nos olhinhos dele, foi a primeira vez que ele se sentiu ameaçado, abandonado. E meu coração se partiu em mil pedaços.
Eu sei que faz parte e que ele vai se adaptar. Que todos se adaptam. Mas a que preço?
Vai parar de chorar quando se der conta que não adianta, que eu não vou aparecer?
A verdade é que todos os bebês que estavam ali, brincam, dançam, riem, se alimentam e até tiram uma sonequinha na escola, mas na verdade nenhum me parece bem mesmo. Eu sei que nessa idade o melhor é ficar em casa, ao lado de pessoas que são referência afetiva pra ele. Eles são pequenos, precisam de momentos de colo e chamego. Mais do que uma professora que tem que dar conta de outros cinco pode dar.
Eu juro que pensei que fosse ser mais fácil, que ele ia dar tchau, tchau e ir brincar com os amiguinhos.Como a gente quer se enganar... Mas é que o Bernardo ama crianças e é bem independente. Apesar de mamar no peito e dormir mamando, já dorme na casa da vó felizão e dorme rapidinho no colo do pai. Vai com todo mundo e se eu preciso dar uma saída rápida posso deixar com os avós, tias e nossos amigos na boa. Ele fica sorrindo e dando tchauzinho.
Por enquanto não temos outra solução. O negócio é torcer pra que essa adaptação se dê com menos sofrimento possivel e sei que preciso estar mais segura e não projetar todos meus fantasmas em cima do pequeno.
Enquanto isso vou tentar fazer uns mexes no trabalho e quem sabe daqui a uns meses eu consigo trocar pro turno da manhã e as coisas voltam a ser como eram antes...
Me abraça?
sábado, 15 de junho de 2013
Não sei se vou ou se fico
De novo passou mais um tempão sem que eu escrevesse uma linha sequer. E assunto é o que não falta.
Aí fizemos uma viagem diver com o filhote pra Buenos Aires e conhecemos pessoalmente a Carol, o Lucas e o Pedro. Foi demais! Mas foi pra além do divertido... saí de lá com uma pulga atrás da orelha que tá ficando gordinha e coçando bastante.
Ela me perguntou se o fim do blog era oficial e qual era minha relação com o Agora eu era.
E sabe? Dei uma resposta rápida, pega de surpresa por essa pergunta que até então só pairava na minha cabeça, mas nunca tinha sido tratada com tempo, com respeito e com a profundidade merecida.
Coisa louca como depois que o Bernardo nasceu eu absorvo milhares de informações, reflito, mudo de opinião e ajo, mas tenho imensa dificuldade, preguiça, incapacidade de sintetizar meus pensamentos e colocar no papel.
Como a coisa toda ainda tá confusa pra mim, vou largando assim por tópicos idéias e sentimentos sobre a blogosfera e minha não participação ativa. Quem sabe me ajude a organizar o pensamento e tomar uma posição sobre o futuro do blog...
Ajuda, pitacos, conselhos são bem vindos.
se é que alguém ainda passa por aqui :P
- Eu ainda leio muito a blogosfera materna, mesmo que não comente quase nunca.
- Sinto como se conhecesse muitas blogueiras, algumas com as quais sequer troquei comentários em posts. Me identifico com algumas, acho que temos coisas em comum e tenho vontade de tomar um café e levar as crianças no parquinho.
- Tenho ciuminho (no bom sentido, gente) das amizades que vejo que se criam aqui e morro de vontade de conversar junto cuascumadre.
- A idéia da maternidade ideal propagada me irrita um pouco. Du vi do que a maioria faça tudo o que diz. Mas acho importante pra fazer pensar e encontrar o caminho do meio.
- Não me enquadro em nenhum modelo de maternidade. Vou fazendo por aqui o que meu coração e razão ditam, de acordo com as necessidades da minha família, que são únicas, como cada família. Leio bastante e de tudo, me informo e estou em constante processo de auto análise. Erro muito, tenho milhões de dúvidas, outros milhões de certezas e as vezes pareço contraditória.
- Deixei de escrever: primeiro por falta de inspiração, depois por falta de tempo, depois por achar que nada do que eu diga possa ser relevante pra ninguém (e aqui eu tô falando de um processo muito legal que vi acontecer, onde mães blogueiras resolveram levantar a bandeira do que acreditam, trazendo material de qualidade pra informação e reflexão. Obrigada! Me ajudam muito mesmo.)
- A idéia do registro da minha construção como mãe e do desenvolvimento do meu filho me seduz, sim. Mas tenho verdadeiro horror de me expor. De expor o que me é mais precioso e delicado, o meu lado mais forte e mais vulnerável ao mesmo tempo. Medo que conhecidos entrem pra bisbilhotar. Pânico. Queria que só as vizinhas de blog tivessem acesso, mas não queria privatizar, queria que fosse dinâmico... não tem como né?
- Fico vaidosa quando escrevo aqui e vejo que tive bastante acesso. Entro em frenesi com comentários. Orgulhinho, sabe? - Ei! Mas não era tu que tinha horror de exposição?
E aí? Tem jeito ou o negócio é fechar a bodega?
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Voltando!
Depois de meses de abandono, mais de mil posts mentais, sem inspiração pra escrever nenhuma linha, muitas fraldas, mamadas e canções de ninar, muitos sorrisos, gargalhadas, choros, mimimis, leituras, reflexões, conclusões, mais e mais dúvidas e algumas dívidas... voltei!
Assim, toda desengonçada, com o filhote no colo batendo incansavelmente no teclado. Sem rascunho, mas cheia de saudade!
Essa é minha versão 3.2 ( feitos ontem, com festa surpresa e tudo!).
Bernardo tá com 7 meses e meio e cada vez mais esperto e amado. Gente! Eu achava que amava esse bebê logo que ele nasceu. Nada! Eu amo tanto, mas tanto mais hoje... o que é isso? como pode esse amor crescer tanto né? É clichê mas é verdade! Juro que ainda não me acostumei. As vezes dá vontade de gritar de amor (e as vezes de cansaço).
Mas vamos à crise do momento:
Até agora eu tava trabalhando bem pouquinho, atendendo só dois pacientes. E minha mãe ou o marido ficavam com o pequeno nesse período. tava tranquila, esperando me chamarem em um concurso (sou a próxima da lista), mas aí a situação financeira foi apertando beeem e apareceu a oportunidade de uma seleção pra um trabalho bem legal. Fiz. E hoje me ligaram pra dizer que deu certo!
Tô feliz!
Mentira.
Tô triste...
Mentira.
Não sei bem o que tô sentindo.
Vontade de trabalhar, ganhar meu dinheiro (que realmente tá fazendo falta), me desenvolver profissionalmente, ter papo de adulto...
Mas com o coração bem apertado de não poder ter mais os momentos delícia na cama com meu filhote de manhã (ele acorda umas 6h no berço, aí levo pra minha cama e ele mama e dorme bem agarradinho até umas 9 e pouco).
- Diz aí que eu vou poder fazer isso final de semana e que tá tudo bem? obrigada)
O bom é que o trabalho é das 7h às 12:20. Ou sejE: tenho o resto do dia pra ficar com o gurizinho.
Além disso ele vai poder ficar em casa com o papai 3 dias da semana e nos outros 2, vai passar parte da manhã com a minha mãe, que ele ama.
-Concorda aí que isso é ótimo pra ele, vai!
A mudança vai ser grande pra mim. Vou acordar muito cedo pra ir trabalhar (não é questão de preguiça - ou só de preguiça - mas de relógio biológico mesmo, sempre fui dormir muito tarde) e o pequeno ainda acorda pra mamar no meio da noite. Vou ter que deixar uma mamadeira pra ele tomar cedinho e tenho medo que ele desmame.
Outra coisa doida é que tô com medinho de não dar conta do trabalho. Sinto como se estivesse a anos fora do mercado. A verdade é que meu interesse está totalmente voltado para criação de filhos e desenvolvimento do Bernardo...
Sei que tô numa situação privilegiada por ter um trabalho legal com uma carga horária super ok pra uma mãe. Que é ótimo que ele possa ficar aos cuidados do pai e da vó. Me sinto boba por não estar conseguindo dar tanto valor pra isso. Mas essas horas que vou ficar longe do meu bebê não estão soando bem pra mim...
Enfim, ainda tô me encontrando nesses novos papéis que a vida me deu. tô em processo...Me desconstruí pra me construir de novo. Mais interessante, mais madura, mais sensível, mais consciente, mas principalmente com MUITO mais amor.
Assim, toda desengonçada, com o filhote no colo batendo incansavelmente no teclado. Sem rascunho, mas cheia de saudade!
Essa é minha versão 3.2 ( feitos ontem, com festa surpresa e tudo!).
Bernardo tá com 7 meses e meio e cada vez mais esperto e amado. Gente! Eu achava que amava esse bebê logo que ele nasceu. Nada! Eu amo tanto, mas tanto mais hoje... o que é isso? como pode esse amor crescer tanto né? É clichê mas é verdade! Juro que ainda não me acostumei. As vezes dá vontade de gritar de amor (e as vezes de cansaço).
Mas vamos à crise do momento:
Até agora eu tava trabalhando bem pouquinho, atendendo só dois pacientes. E minha mãe ou o marido ficavam com o pequeno nesse período. tava tranquila, esperando me chamarem em um concurso (sou a próxima da lista), mas aí a situação financeira foi apertando beeem e apareceu a oportunidade de uma seleção pra um trabalho bem legal. Fiz. E hoje me ligaram pra dizer que deu certo!
Tô feliz!
Mentira.
Tô triste...
Mentira.
Não sei bem o que tô sentindo.
Vontade de trabalhar, ganhar meu dinheiro (que realmente tá fazendo falta), me desenvolver profissionalmente, ter papo de adulto...
Mas com o coração bem apertado de não poder ter mais os momentos delícia na cama com meu filhote de manhã (ele acorda umas 6h no berço, aí levo pra minha cama e ele mama e dorme bem agarradinho até umas 9 e pouco).
- Diz aí que eu vou poder fazer isso final de semana e que tá tudo bem? obrigada)
O bom é que o trabalho é das 7h às 12:20. Ou sejE: tenho o resto do dia pra ficar com o gurizinho.
Além disso ele vai poder ficar em casa com o papai 3 dias da semana e nos outros 2, vai passar parte da manhã com a minha mãe, que ele ama.
-Concorda aí que isso é ótimo pra ele, vai!
A mudança vai ser grande pra mim. Vou acordar muito cedo pra ir trabalhar (não é questão de preguiça - ou só de preguiça - mas de relógio biológico mesmo, sempre fui dormir muito tarde) e o pequeno ainda acorda pra mamar no meio da noite. Vou ter que deixar uma mamadeira pra ele tomar cedinho e tenho medo que ele desmame.
Outra coisa doida é que tô com medinho de não dar conta do trabalho. Sinto como se estivesse a anos fora do mercado. A verdade é que meu interesse está totalmente voltado para criação de filhos e desenvolvimento do Bernardo...
Sei que tô numa situação privilegiada por ter um trabalho legal com uma carga horária super ok pra uma mãe. Que é ótimo que ele possa ficar aos cuidados do pai e da vó. Me sinto boba por não estar conseguindo dar tanto valor pra isso. Mas essas horas que vou ficar longe do meu bebê não estão soando bem pra mim...
Enfim, ainda tô me encontrando nesses novos papéis que a vida me deu. tô em processo...Me desconstruí pra me construir de novo. Mais interessante, mais madura, mais sensível, mais consciente, mas principalmente com MUITO mais amor.
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Nascemos!
Eis que na madrugada do dia 29 de março, mais precisamente às 4:30, minha bolsa rompeu!
Ali começou o acontecimento mais importante da minha vida.
Às 17:15, o Bernardo nasceu! E eu também.
Com 50 cm, 3,480 kg. Saudável, lindo,amado, bochechudo e sugando desesperadamente!
Depois de 12 horas de trabalho de parto, tivemos que fazer uma cesária às pressas. Mas estou ótima, recuperada da cirurgia, sem dor nenhuma. Não consegui o parto vaginal, mas tive uma cesária super humanizada e passar por todo o TP foi fundamental pra estarmos como estamos agora: mamando muito, muito, muito!
Eu volto pra contar tudinho.
Não sei quando, mas assim que der!
Mas preciso perguntar pras mais experientes: é possível morrer de amor?
ai ai...
Ali começou o acontecimento mais importante da minha vida.
Às 17:15, o Bernardo nasceu! E eu também.
Com 50 cm, 3,480 kg. Saudável, lindo,amado, bochechudo e sugando desesperadamente!
Depois de 12 horas de trabalho de parto, tivemos que fazer uma cesária às pressas. Mas estou ótima, recuperada da cirurgia, sem dor nenhuma. Não consegui o parto vaginal, mas tive uma cesária super humanizada e passar por todo o TP foi fundamental pra estarmos como estamos agora: mamando muito, muito, muito!
Eu volto pra contar tudinho.
Não sei quando, mas assim que der!
Mas preciso perguntar pras mais experientes: é possível morrer de amor?
ai ai...
quarta-feira, 28 de março de 2012
Ai ai ai ai, tá chegando a hora!
Estamos com 38 semanas e meia de gestação! Por mais que o pitoco ainda demore pra vir, é logo logo, loguinho!
E a ansiedade começa a dar as caras por aqui. São tantas coisas....
O trabalho de parto? Será que vou reconhecer?(acho que sim, né? mas sei lá, nunca tive um) Será que vou chegar muito cedo na maternidade ou parir no estacionamento?
Meu filhote vai nascer bem?
Eu vou ficar bem?
Vamos conseguir o tão desejado parto normal?
Ai é tanta coisa que nem sei o que é! Só sei que se minha barriga não era das maiores ao longo da gravidez, ela resolveu evoluir loucamente a cada cinco minutos. Tá enorme! Lindona!
Já eu, tô perdendo o glamour gravídico.
Sim, eu tava me sentindo linda na gravidez. Recebia mil elogios e ficava toda toda. Não engordei muito, não inchei, não tive enjôos, gases, azia, bafo, chulé e nem dores significativas. Ainda ontem tirei as cutículas do próprios pés. Salve a Yoga pra gestantes!
Minha pele tá ótima, o cabelo sedoso e tenho uma sensação de plenitude muito doida, que só pode ser passageira. Tive e tenho tido dias mais sensíveis, mas não oscilei muito de humor não. Ao contrário, estive e estou muito forte. Passei por situações pessoais delicadas com bravura e maturidade, acho.
Aí que até semana passada, não tava com a mínima pressa de ter o Bernardo aqui fora. Tava curtindo ao máximo cada movimento dele, cada sensação. Confesso que dava até uma tristezinha em pensar que logo minha barriga ia estar vazia, e meu bebezico teria que enfrentar esse mundo doido.
Bobagem, loucura... eu sei.
Mas eu vejo o parto como o fim de um ciclo e início de outro. Sei que algo grandioso está pra acontecer.
E não deixa de ser uma despedida. De mim mesma.
Eu também vou renascer ali, junto com meu filho. E isso é maravilhoso e assustador ao mesmo tempo.
Mas essa semana, já estou doida pra ver a carinha dele, sentir o cheirinho, pegar os pezinhos, amamentar...
Me sinto explodindo. Deu uma esfriada e praticamente não tenho o que vestir. Comecei a andar que nem uma pata. e tenho tido contrações doloridas. Com frequencia.
É, ontem à noite realmente pensamos que tava chegando a hora. As contrações foram bem doloridas e chegaram a um intervalo de 2 minutos, mas não engrenaram. A coisa toda durou uns 40 minutos e parou. Foi assustador bom, sabe assim?
Hoje tinha que resolver umas coisas rápidas perto de casa, ir na gráfica, no banco... mas pela primeira vez não tive coragem de sair sozinha.
Sinto que algo grandioso está pra acontecer. E está.
Pode até demorar ainda. Mas mesmo que demore, não vai. Tá quase. É pra já.
Tem nome pra esse sentimento?
XXXXXXX
Vem, meu amor! Estamos te esperando com o coração escancarado!
quinta-feira, 15 de março de 2012
Balaio de mim
Faz bastante tempo que não registro nada por aqui e agora tá tão pertinho do nascimento! Quero escrever tanta coisa, pra não esquecer depois, que vai ficar meio caótico, mas enfim...
Estamos hoje com 36 semanas e 4 dias de gravidez e o Bernardo é um fanfarrão que não pára quieto e deixa minha barriga toda torta! Eu adoro, amo, e parece que sempre tive um bebê na barriga. Vou morrer de saudades da gravidez, da barrigola, dos paparicos... ( e poderia escrever um tratado sobre isso)
Aqui em Porto Alegre tá fazendo um calorão horripilante e mesmo assim eu tô amando estar grávida, me sinto super bem a maior parte do tempo. Até semana passada estávamos passando uns 3 dias da semana na cidade e outros 4 na praia. E isso foi fundamental na minha disposição e bem estar. Lá a vida é outra, uma brisinha, mar, rede, piscina e muitas caipirinhas de criança (enquanto o povo toma de vodka, o marido faz uma iNgualzinha pra mim, sem álcool - inclusão, a gente vê por aqui). Ficamos alguns dias com meus pais e outros com amigos (enquanto meus pais viajavam). Foi ótimo! Fechou de eu não estar trabalhando quase nada (o velho problema das crianças em férias escolares) e do marido ter shows no litoral.
Semana passada fizemos as últimas férias de casal, sem o pitoco (depois sabe-se lá quando isso vai acontecer de novo). Fomos pra uma pousadinha bem gostosa numa prainha linda de Santa Catarina.
Em março é tudo muito tranquilo, poucas pessoas na praia, mais casais com bebês e crianças pequenas. Um calorão, um marzão azul e gelado pra refrescar, árvores à beira mar... lua cheia dando show pra nascer e se por...
ai ai ai... tava ótimo e foi perfeito pra preparar nossa energia pra chegada do guri.
Ainda em fevereiro meus pais chegaram de viagem e trouxeram muita coisa pro filhote. Carrinho, cadeirinha, tapetinho de atividades, cadeirinha vibratória, máquina de ordenhar, muitas e milhares de roupinhas lindas e mil coisas fofas que não tem fim. Uma orgia bebezística, que outrora eu acharia um exagero (e ainda acho), mas quer saber? Amei tudo. Cheiro tudo, pego tudo, olho tudo toda hora e fico imaginado o Ber ali, e nossas vidas com ele aqui fora.
Já lavei, passei e guardei as roupinhas menores, os cobertorzinhos, mantinhas, cueiros, toalhas, paninhos...
que coisa louca o cheirinho de nenê que já invade a casa!
O quartinho tá pronto, berço montado, cômoda e roupeiro arrumados, prateleira instalada, poltrona de amamentação posicionada, bichinhos esperando e Bernardo. Uma fofurice! Falta só uns detalhes, cortina, lustre novo, enfim coisicas não necessárias, que só servem pra agradar os olhos dos adultos.
Porque o que o Bernardo precisa mesmo, de verdade verdadeira, tá garantido, mas não pronto. Aliás é total e eternamente inacabado, ainda bem! Tô falando de mãe, de pai. Tô falando de mim e da mãe que tô me tornando. Da minha vontade de crescer, de aprender, de nutrir, de cuidar.
Tô falando de um amor que cresce tanto, que mexe tanto, que não tá mais cabendo dentro de mim. Um barrigão é pouco pra ele. É pouco pra nós. Tô literalmente explodindo de amor!
Esse domingo vai ser o chá de fraldas. Depois eu volto! Quero escrever mais! Passei meses sem conseguir produzir praticamente nenhuma linha e agora a vontade é de escrever, escrever, escrever, escrever, escrever, escrever...
Estamos hoje com 36 semanas e 4 dias de gravidez e o Bernardo é um fanfarrão que não pára quieto e deixa minha barriga toda torta! Eu adoro, amo, e parece que sempre tive um bebê na barriga. Vou morrer de saudades da gravidez, da barrigola, dos paparicos... ( e poderia escrever um tratado sobre isso)
Aqui em Porto Alegre tá fazendo um calorão horripilante e mesmo assim eu tô amando estar grávida, me sinto super bem a maior parte do tempo. Até semana passada estávamos passando uns 3 dias da semana na cidade e outros 4 na praia. E isso foi fundamental na minha disposição e bem estar. Lá a vida é outra, uma brisinha, mar, rede, piscina e muitas caipirinhas de criança (enquanto o povo toma de vodka, o marido faz uma iNgualzinha pra mim, sem álcool - inclusão, a gente vê por aqui). Ficamos alguns dias com meus pais e outros com amigos (enquanto meus pais viajavam). Foi ótimo! Fechou de eu não estar trabalhando quase nada (o velho problema das crianças em férias escolares) e do marido ter shows no litoral.
Semana passada fizemos as últimas férias de casal, sem o pitoco (depois sabe-se lá quando isso vai acontecer de novo). Fomos pra uma pousadinha bem gostosa numa prainha linda de Santa Catarina.
Em março é tudo muito tranquilo, poucas pessoas na praia, mais casais com bebês e crianças pequenas. Um calorão, um marzão azul e gelado pra refrescar, árvores à beira mar... lua cheia dando show pra nascer e se por...
ai ai ai... tava ótimo e foi perfeito pra preparar nossa energia pra chegada do guri.
Ainda em fevereiro meus pais chegaram de viagem e trouxeram muita coisa pro filhote. Carrinho, cadeirinha, tapetinho de atividades, cadeirinha vibratória, máquina de ordenhar, muitas e milhares de roupinhas lindas e mil coisas fofas que não tem fim. Uma orgia bebezística, que outrora eu acharia um exagero (e ainda acho), mas quer saber? Amei tudo. Cheiro tudo, pego tudo, olho tudo toda hora e fico imaginado o Ber ali, e nossas vidas com ele aqui fora.
Já lavei, passei e guardei as roupinhas menores, os cobertorzinhos, mantinhas, cueiros, toalhas, paninhos...
que coisa louca o cheirinho de nenê que já invade a casa!
O quartinho tá pronto, berço montado, cômoda e roupeiro arrumados, prateleira instalada, poltrona de amamentação posicionada, bichinhos esperando e Bernardo. Uma fofurice! Falta só uns detalhes, cortina, lustre novo, enfim coisicas não necessárias, que só servem pra agradar os olhos dos adultos.
Porque o que o Bernardo precisa mesmo, de verdade verdadeira, tá garantido, mas não pronto. Aliás é total e eternamente inacabado, ainda bem! Tô falando de mãe, de pai. Tô falando de mim e da mãe que tô me tornando. Da minha vontade de crescer, de aprender, de nutrir, de cuidar.
Tô falando de um amor que cresce tanto, que mexe tanto, que não tá mais cabendo dentro de mim. Um barrigão é pouco pra ele. É pouco pra nós. Tô literalmente explodindo de amor!
Esse domingo vai ser o chá de fraldas. Depois eu volto! Quero escrever mais! Passei meses sem conseguir produzir praticamente nenhuma linha e agora a vontade é de escrever, escrever, escrever, escrever, escrever, escrever...
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